Você acredita que, em um futuro próximo, os humanos possam
manter um relacionamento com um tipo de forma de inteligência artificial? A
resposta para essa pergunta é essencial para saber até que ponto Her (Ela),
estrelado pelo grande Joaquin Phoenix, pode prender sua atenção.
O filme trata sobre Theodore Twombly, um inspirado escritor
que enfrenta a solidão após romper com sua esposa. Theodore passa a conversar
sobre sua vida com um “sistema operacional” (se não ficou claro, seria como se
seu iPhone falasse com você). No primeiro momento o personagem de Phoenix se
mostra surpreso pela capacidade de compreensão do sistema com os problemas
restritos aos humanos. Aos poucos, os dois se apaixonam. Pronto. É isso que
você precisa saber. Qualquer linha a mais que isso irá estragar sua experiência
e algumas questões éticas que surgem com o filme.
Spike Jonze merece todos os louros que tem direito. A
história me lembrou o que senti quando vi pela primeira vez Being John
Malkovich (1999). Aos poucos, deixei de achar a proposta do filme absurda e
passa a questionar: e se isso fosse verdade? E se um homem conseguisse se
relacionar de todas as formas com um computador?
Joaquin... Eu SABIA que ele não seria indicado ao Oscar.
Sério! Acho que vai demorar até a velharada votante de lá engolir aquela
declaração de que ele não queria receber nenhum Óscar. Mas ele está magnifico!
Brilhante! SENSACIONAL!
A voz do sistema operacional é de Scarlett Johansson. Não
preciso dizer que seus tons provocativos se encaixaram perfeitamente na
proposta do diretor. Como o filme se passa em um futuro próximo, adorei o jogo
de cores. Desde as roupas até as casas retratadas, as são cores vibrantes e a
cidade é ativa, movimentada. Fotografia simplesmente espetacular. Mudou aquele padrão de um futuro apocalíptico e monótono. Merece altos
elogios.
Como podem notar, eu realmente adorei o filme. E sinto que
este Óscar apresenta a melhor seleção de indicados desde 2004. Enfim, ALL HAIL
JP.
NOTA: 9/10
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